quarta-feira, 16 de junho de 2010

Normal...

Aceitar o outro tal e qual ele é...
Acho que este é o maior desafio da nossa vida... aliás acho que o propóstivo da nossa vida devia ser este, trabalhar e crescer para aceitar o outro tal e qual ele é. Desafio complexo e possivelmente inatingível, uma vez que acabamos sempre por julgar e por tentar mudar ou até mesmo mudar o outro em função daquilo que para nós é normal.

A normalidade é indiscutivelmente muito relativa, no entanto, existem normas pelas quais nos regemos, nos guiamos. Sao códigos sociais estranhamente silenciosos que nos ensurdecem. Todos nos queixamos que as pessoas no geral têm a mente fechada e de facto é verdade... Seguimos os padrões sociais e quando surge algo novo comentamos, e voltamos a comentar e rimos e gozamos. E se pensarmos bem, desta forma nao deixamos espaço para fugir da normalidade.

Dissemos que somos todos pessoas com mentes abertas, que nao nos faz confusao as excentricidades dos outros, mas faz-nos confusao, comentamos gozamos e olhamos de forma diferente. É algo novo para a qual possivelmente nao estamos prontos para ver. É normal, mas também é normal sermos cínicos, e não assumirmos.

A empatia trata de colocar-se no lugar do outro, é um termo muito usado na área da saúde e que muitos apregoam ser capazes, eu não sou empático, gostava de o ser... mas como sou normal não o consigo, pois encaro os acontecimentos que acontecem aos outros de acordo com as minhas experiências e com as minhas expectativas e depois adequo-o a minha intervenção e diálogo com base nisso, pergunto-vos, será a empatia possível? Eu já tive mais certezas, sendo que cada vez mais acredito menos nela, embora a ache fundamental...

Agora vou continuar com a minha mente bem fechadinha a sete chaves, que isto para desbloquear era preciso um código xpto...

1 comentário:

FATifer disse...

Boa reflexão esta…

O conceito de “normal” é muito interessante na realidade pois parece ser algo que nos é imposto não sabemos muito bem como nem por quem especificamente mas por mais voltas que dêmos acabamos por o usar…

Quanto à empatia, na minha opinião (de quem não é nem pretende ser) um profissional de saúde deve ter empatia suficiente para não ser cruel mas não pode ter a empatia que todos advogam pois deixaria de conseguir desempenhas as suas funções (santos só nos livros…).

Abraço,
FATifer