domingo, 26 de abril de 2009

Humildade

Quem me conhece sabe que a humildade não é nada o meu forte, nunca foi e provavelmente nunca o será. Adorava ser humilde e por vezes tento, a sério que tento, esforço-me mas não sou capaz. Não consigo evitar ter comentários e atitudes de quem tem a mania que é dono do mundo e a verdade é que sou dono do mundo, sou dono do meu mundo. Já por várias vezes o meu excesso de confiança levou-me por caminhos desagradáveis, mas a verdade é que mesmo quando as coisas correm mal ou faço asneira da grossa, levanto o focinho (ou a cabeça) e ando de forma possante e determinada com as costas direitas disposto a enfrentar o mundo sem medo, ou aparentemente sem medo, pois na verdade estou cagado de medo. Mas por vezes é melhor parecer do que ser. Sei que este pensamento não é dos mais belos, mas a sério que sou um bom pequeno, tenho as minhas manias como toda a gente. Sou convencido, alguns poderão chamar-me arrogante mas sinceramente não me acho, mas opinião todos temos e razão apenas alguns.

Quanto a mim há manias bem piores que a minha, é verdade que tenho excesso de confiança, acho-me o maior e penso ter o mundo a meus pés. Gostava de ser humilde, mas não sou assim. Falo de forma determinada e convincente, quando abro a boca sai muita asneira mas também muita coisa correcta, mas a forma de falar é sempre a mesma. A determinação e a confiança é sempre a mesma, é a tal base, mais vale parecer do ser. Posso não saber bem o que estou a dizer, mas acredito que se o dizer com convicção pode ser que me safe. Sou assim, parvinho e com a mania que sou o maior.

Apesar de não ser capaz de ser humilde, ou de não querer mudar, admiro a humildade verdadeira, aquela que alguns têm, aqueles que quando recebem um elogio sorriem educadamente e não se defendem ou pavoneiam, admiro-os. Parabéns por serem assim, humildes e com uma dose de confiança adequado.

PS: Mantenho a minha senda autobiográfica, mas qualquer dia deixo de falar da minha vidinha aqui.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Sorriso fácil!


Há pessoas que sorriem por tudo e por nada. Pior! Há pessoas que riem e soltam gargalhadas por tudo e por nada. São assim... parvinhas, são de sorriso fácil e qualquer piada merece uma gargalhada mesmo que ela seja isenta de qualquer piada. Não têm culpa de rirem por tudo e por nada, subjacente estará um mecanismo psicosocial complexo que os psicólogos adorariam explorar e dissecar, mas a verdade é que a razão de serem assim é muito simples.

Sei que os psicológos não vão concordar comigo, pois já tinham tecido uma série de ilações tão precipitadas e sem nexo quanto a minha teoria, mas a verdade é que estas pessoas são assim porque julgam ter piada... Surpresos??

É muito simples: As pessoas que gostam de lançar a sua piadinha sempre que é oportuno ou não, piadinha essa com pouca ou nenhuma piada, normalmente quando ouvem qualquer comentário riem, mesmo que não achem piada ou pior mesmo quando não percebem a piada, mas riem, riem porque quando dizem as suas piadas esperam que os outros riam portanto riem e vão rindo, rindo, rindo até que o grupo se farte. São assim, riem porque querem ter piada, querem ser valorizadas, querem sentir-se importantes, querem ser o Herman José dos pequeninos ou o Conam O`brien dos portugueses.
Neste momento sei que todos vós já identificaram no vosso grupo de amigos alguém assim. É normal, tal como em todos os grupos de homens e mulheres é certo que os amigos já se envolveram em qualquer relação de cariz sexual ou amoroso, em todos os grupos há sempre algum totó que ri por tudo e por nada, não há forma de fugir a isto...

Os "sorrisos fáceis" são o espinho na bota, a torneira que pinga à noite, o arranhar da caixa de velocidades quando se falha a mudança no carro, o bip do telemóvel quando não tem bateria, ou seja, no inicio até tem piada mas passado um bocado irrita e passado ainda mais um bocado torna-se apenas um tormento. (Esta piada foi proferida pelo Bruno Nogueira no Curto Circuito nos seus tempos áureos em que o Fernando Alvim, Bruno Nogueira, Pedro Ribeiro, Solange F. e Rita Andrade dominavam o programa... Saudades...)

Os sorriso fácil, até têm piada no inicio mas passado um bocado são chatos, e é a custa deles que existe tanta gente a pensar que tem piada. No entanto, agradeço aos "sorrisos fáceis" por existirem pois sem eles este blog provavelmente não existiria, e as minhas piadas não surtiam qualquer efeito, pois com muita pena minha não tenho assim tanta piada como gostaria. Tenho pena mas é a realidade, como tal, a todos o meu Muito Obrigado e que continuem a sorrir por tudo e por nada, mais uma vez Obrigado.

PS: Caso não tenham percebido este texto é meio para o autobiográfico.

domingo, 12 de abril de 2009

WC


Há dias entro numa casa de banho de um bar cá da zona, ao entrar deparo-me com uma mulher a ver-se ao espelho, eu como macho viril, fico baralhado e de repente passa-se pela minha cabeça um série de ideias. Será que a casa de banho dos homens é mesmo aqui? Será que estou a entrar na casa de banho das mulheres? Será que a srª vai gritar e vou passar o vexame da minha vida? Será uma casa de banho mista?

Como é óbvio era uma casa de banho mista... Sempre defendi esta ideia, aliás acho-a fenomenal, porque junta-se o útil ao agradável, em primeiro lugar, permite reduzir o tempo de espera das lady`s para fazer as suas necessidades, porque disponibiliza mais um espaço, depois permite a confraternização de ambos os sexos na fila para urina ou defecar, permite fazer conhecidos de merda (literalmente), e por fim permite gozar com as figuras que homens e mulheres fazem nos espelhos e nos WC`s, mas talvez a vantagem mais importante seja o permitir fazer O`Amor sem que que se ache estranho estarem a sair do mesmo wc um casal, isto porque o wc é misto! Sei que há muito boa gente que adorava fazer O`Amor num wc público, cheio de bactérias e de sujidade capaz de fazer inveja a qualquer lixeira municipal, isto para não falar nos aromas, mas gostos são gostos e não estou cá para criticar ninguém...

Mas voltando à minha estranheza quando entro neste wc misto... Senti-me mal por estar a partilhar aquele espaço com o sexo feminino, não pude ficar a mirar-me ao espelho após lavar as mãos como bem gosto, pois a srª que estava ao meu lado iria pensar que era um vaidoso desgraçado, o que até é verdade mas também não é preciso aquela srª saber disso...

Lembrei-me agora de outra vantagem, todos nós fazemos sons quando defecamos ou urinamos, uns sons discretos ou então ruidosos cada um é como qual, cada um caga e urina à sua maneira. Por norma, as mulheres são mais discretas, no entanto, há algumas que não o são e isto das casas de banhos mistas vem mesmo a calhar que podem sempre desculpar-se dizendo que os sons que estava lá fora à espera da vez ouviu era do srº que estava ao lado.

Eu apoio as casas de banho mistas, para uma sociedade feliz e amiga as casas de banho mistas são optimas...
Este post não tem sentido, eu sei, mas que se lixe, isto ao domingo também não podia sair grande coisa, excepto um texto sobre retretes mistas...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Rotinas...


Rotinas... Todos nós temos as nossas, umas mais rígidas que outras, mas a verdade é que todos a temos e não podemos fugir dela quer queiramos quer não. Muitas vezes a rotina é considerada um parente pobre da nossa vida, a ovelha negra da casa, mas não podemos viver sem ela. É uma ovelha negra deliciosa que nos mantém no caminho certo, ou não...

A malfadada rotina, sempre tão desvalorizada. Desde os casais que se queixam de fazer sempre as mesmas coisas, aos amigos que vão sempre ao mesmo sitio, aos filhos que se queixam que as tardes de domingo são sempre iguais e etc. Mas será a rotina assim tão má pessoa?

A rotina não é assim tão má, e está ainda mais desvalorizada que a bolsa de valores de Lisboa naqueles dias negros em que o petróleo subia e a EDP desvalorizava. Se vou sempre ao mesmo sitio, ao mesmo bar ou restaurante e sou bem atendido, como bem e divirto-me porque raio hei-de mudar? Para variar dirão alguns... mas porquê mudar quando se está bem? Sei que já me estão a chamar nomes feios, tais como, medroso, por ter medo de mudar, mas se estou bem não me mudo. Desculpem-me a sinceridade mas não mudo.

Se gosto de algo, se sou feliz a fazer qualquer coisa porque não continuar a fazer as mesmas coisas que sempre me fizeram felizes. Eu gosto da minha rotina. Gosto de ir aos mesmos locais quase sempre, gosto de ser reconhecido nesses sítios, gosto que me tratem pelo nome, gosto que os clientes que tal como eu vão sempre ao mesmo sitio me cumprimentem com um tímido "Bom dia" ou um simples aceno de cabeça. Gosto.

Não vos vou mentir ao negar que gosto da excitação de experimentar algo novo, mas a verdade é que invariavelmente volto sempre aos mesmo sítios onde fui feliz tal e qual o filho pródigo volta sempre à casa onde foi feliz.