quinta-feira, 9 de abril de 2009

Rotinas...


Rotinas... Todos nós temos as nossas, umas mais rígidas que outras, mas a verdade é que todos a temos e não podemos fugir dela quer queiramos quer não. Muitas vezes a rotina é considerada um parente pobre da nossa vida, a ovelha negra da casa, mas não podemos viver sem ela. É uma ovelha negra deliciosa que nos mantém no caminho certo, ou não...

A malfadada rotina, sempre tão desvalorizada. Desde os casais que se queixam de fazer sempre as mesmas coisas, aos amigos que vão sempre ao mesmo sitio, aos filhos que se queixam que as tardes de domingo são sempre iguais e etc. Mas será a rotina assim tão má pessoa?

A rotina não é assim tão má, e está ainda mais desvalorizada que a bolsa de valores de Lisboa naqueles dias negros em que o petróleo subia e a EDP desvalorizava. Se vou sempre ao mesmo sitio, ao mesmo bar ou restaurante e sou bem atendido, como bem e divirto-me porque raio hei-de mudar? Para variar dirão alguns... mas porquê mudar quando se está bem? Sei que já me estão a chamar nomes feios, tais como, medroso, por ter medo de mudar, mas se estou bem não me mudo. Desculpem-me a sinceridade mas não mudo.

Se gosto de algo, se sou feliz a fazer qualquer coisa porque não continuar a fazer as mesmas coisas que sempre me fizeram felizes. Eu gosto da minha rotina. Gosto de ir aos mesmos locais quase sempre, gosto de ser reconhecido nesses sítios, gosto que me tratem pelo nome, gosto que os clientes que tal como eu vão sempre ao mesmo sitio me cumprimentem com um tímido "Bom dia" ou um simples aceno de cabeça. Gosto.

Não vos vou mentir ao negar que gosto da excitação de experimentar algo novo, mas a verdade é que invariavelmente volto sempre aos mesmo sítios onde fui feliz tal e qual o filho pródigo volta sempre à casa onde foi feliz.

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