quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Conspiração

Repararam que a discussão do orçamento de estado coincidiu com a semana de play off para o europeu de futebol que a seleção está a disputar?
Eu como não acredito em coincidências, acho que Portugal entalou-se com os dinamarquesas propositadamente para agora o país estar atento ao futebol e não ligar nenhuma ao orçamento.
Portugal venceu a Bósnia a malta está toda feliz e ninguém se revolta contra a austeridade. Foi tudo claramente muito bem planeado...

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Vicio de ti

Em puto nunca fui muito fã de motas, lembro-me de ter andado de mota pela primeira vez. Já não sei ao certo quantos anos tinha na altura... Sei que foi numa scooter e andei cerca de 200 m à pendura, lembro-me de ficar cheio de medo e desde essa data o meu fascínio virou-se para os carros e sempre tive como objectivo um dia ter um carro próprio e acabei por o ter aos 18 anos.
As motas surgiram um pouco mais tarde talvez pelos 19-20 anos... Ficava colado à TV a assistir ao moto GP, era um vicio terrível. Sempre fascinou-me as velocidades que os pilotos atingiam, assim como a beleza daquelas motas.
Aos 22 ganhei coragem e resolvi tirar a carta de mota, lembro-me de ir todo assustado para a primeira aula, mas depois em cima da mota até nem parecia muito complicado, lembro-me de a metade das aulas achar que a 125 não andava nada.... e também lembro-me de dizer que nunca trocaria o carro pela mota...
A minha primeira mota foi uma Honda CBR 125, vermelha, era uma mota lindíssima, tenho pena de não a ter mantido comigo. Sou um nostálgico eu sei, mas há veículos que me marcaram e que gostava de os guardar para sempre. Infelizmente não tenho essa possibilidade.... Mas voltando à minha CBR, foi com ela que aprendi quase tudo o que sei, e sei muito pouco, curvava que era uma beleza, deitava-se ao ponto de me raspar as sapatilhas, era extremamente ágil, mas faltava-lhe coração. Em curva conseguia acompanhar as grandes, mas em tudo o resto faltava-lhe potência. Tenho saudades dela...
Entretanto comprei uma Yamaha FZ6, foi um negocio de oportunidade e não de amor à primeira vista. O que me apaixonou foi o seu coração, a sua beleza nem por isso. Acho que é daquelas motas que se aprende a gostar. Nunca experimentei outra mota da mesma categoria, mas acho que é uma boa mota para dar o salto, é suave e progressiva. Mas quando a dominamos conseguimos pôr toda a sua potência no chão com facilidade. Infelizmente não se deita tão bem como a minha antiga CBR, mas compensa com um coração que até hoje nunca me deixou apeado.
Este texto acabou por ficar mais extenso do que previa, quando no fundo o que me apetecia dizer é que tenho um vicio terrível, o vicio do motociclista. Quem é motard sabe do que falo... é aquele vicio que mesmo que tenhamos visto a morte à nossa frente, que tenhamos caído ao chão ou que vejamos o estado em ficam os nossos companheiros após um acidente de mota, não conseguimos deixar de andar de mota. É impressionante. Quando falavam-me nisto pensava que não fazia sentido nenhum... Actualmente percebo perfeitamente e 1 dia sem a mota e já sinto saudades dela. É estranho, mas quem ama a sua mota compreende perfeitamente.
PS: Qualquer dia ponho as fotos das minhas meninas

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Cigarro!


Sabem aqueles momentos em que nos apetece escrever e não sabemos o que escrever? Ora este é um desses momentos. Podia falar-vos de um cigarro que descobri na minha gaveta já num estado quase putrefacto, mas suponho que não seja interessante.
Talvez tenha interesse reflectir o porquê de encontrar este cigarro aqui... gosto de fumar, alguns poderão dizer que não sei fumar. Que em tudo há uma técnica e o fumar não escapa a isso também. Assumo que talvez não o saiba fazer, mas para se gostar de algo não temos necessariamente de o saber fazê-lo bem, exemplo disso são as relações...
Gosto de fumar... sei que este gosto vem das influências publicitários do anuncio do Cowboy da Marlboro. Pode parece estúpido mas sempre achei extremamente estiloso o homem e de certa maneira o invejo. Sou de uma era em que fumar era porreiro, em que fumar era um acto de rebeldia e que nos tornava fixes (agora ainda deve ser o mesmo). Talvez por isso gosto de fumar. Porque dá-me prazer "dar uma passa", descontrai-me estar ao sol sem fazer absolutamente nada e fumar um cigarro e são poucos os prazeres iniguáláveis ao ver o dia acabar numa esplanada acompanhado de um café, um jornal e um cigarro. Que vos posso dizer mais... Gosto e gostos não se discutem, tenta-se explicar mas nem sempre se consegue.
Devo dizer-vos que sou um falso fumador, pois num mês bom fumo 3 cigarros para aí. O cerne da questão é o seguinte... Se gosto tanto porque não fumo com maior regularidade?
Poderão pensar que não o faço porque não gosto assim de tanto de fumar e vivo bem sem ele, mas na verdade todos os dias apetece-me um cigarro. Não o faço por covardia, porque não quero morrer (...) e porque acho que os profissionais de saúde devem dar o exemplo e eu, como tal, devo dar o exemplo...
A covardia até nos simples gestos da vida como o fumar se verificam... mas ninguém o diria olhando para mim... digo eu!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Optimismo


Há cerca de 2 anos atrás assisti a umas Jornadas de Saúde Mental, e uma vez que tive despensa de aulas para ir assistir às mesmas foi-me exigido uma pequena reflexão (diga-se que muito mal feita esta) sobre um dos temas abordados. O tema que mais me marcou, foi o optimismo, marcou-me tanto que sinceramente adorei a prelectora pois confirmou-me cientificamente tudo aquilo em que acredito. Sou optimista, sempre o fui e possivelmente devo continuar a sê-lo.

Síntese da conferência “Educar para o optimismo e para a saúde mental” pela profª drª Helena Marujo

A primeira impressão retirada por mim foi “a linguagem cria a realidade, não se limita a construi-la”. Concordo plenamente com esta afirmação, uma vez que o facto de mantermos o nosso espírito aberto ao optimismo depende em muito das mensagens que recebemos e que enviamos aos outros, ou seja, concordo que devemos sempre cultivar, impulsionar discursos positivos, tentando ver o lado positivo de todas as coisas, aprendendo com as coisas boas e más da vida. E como, lia ainda há pouco num blog, “quando a vida nos fecha uma porta, abre-nos um portão”. Penso que esta perspectiva de vida é a mais adequada para todos, tanto para profissionais, cuidadores, doentes, etc.

Pensamento positivo “atrai” eventos positivos. Tal como a Dr.ª referiu, é necessário realizar uma promoção positiva/prevenção positiva da saúde e intervenções positivas. Ou seja, não será com discursos pessimistas, intervenções sem esperança que iremos ajudar os doentes, e os cuidadores e até nós próprios. No entanto, o optimismo tem de ser sempre acompanhado por uma forte componente realista, isto porque dar falsas esperanças também não é a forma correcta de intervir, mas há que impulsionar a esperança, aliás vários estudos demonstram que os doentes terminais que acreditam em algo, vivem melhor a sua doença, no fundo usam os seus mecanismos de coping para ultrapassar as crises de forma mais eficaz.

Actualmente vivemos numa sociedade que não educa as crianças para a resolução dos seus problemas, esta é uma falha gravíssima na nossa sociedade. Só educando as futuras gerações para a resolução dos seus problemas, através da responsabilização é que iremos estar aptos a ultrapassar os diferentes desafios da vida. Actualmente vive-se uma cultura do facilitismo onde os problemas (não) são resolvidos com recurso a psicofármacos, como revelam os estudos mais recentes, onde é assustador verificar que são em grande número as crianças “drogadas” com estes fármacos. O facilitismo e a não responsabilização não serão decerto a melhor opção para educar uma criança…

Um dos termos abordados foi o conceito de felicidade subjectiva, termo interessante. Isto porque a felicidade é algo muito difícil de quantificar e classificar. No entanto, as pessoas que se diziam felizes, tinham em comum 3 factores, “ter alguém com quem contar”; “terem aprendido algo recentemente”; “ter autonomia e liberdade”.

Foi referido ainda que por cada apreciação negativa sobre alguém devemos fazer pelo menos 3 apreciações positivas. É deveras um bom princípio e que nos faz reflectir antes de fazermos algum comentário depreciativo.

Para valorizar ainda mais a importância do optimismo na vida e na qualidade de vida de todos nós, resta-me referir alguns dados mencionados, tais como, o perdão, as criticas construtivas, e o pensamento positivo favorecem o bom funcionamento do sistema cardiovascular. As ilusões positivas e a esperança são salutares na aceitação da doença crónica. Daqui retiramos que a terapia do riso é algo que cada vez mais, é mais importante, aliás é algo fundamental.

Para uma vida feliz e saudável é fundamental a capacidade de apreciação pessoal, o sentido de humor e o crescimento pessoal positivo.

Uma outra ideia chave, que retirei foi que a escrita é uma ferramenta muito poderosa, na expressão das nossas emoções, e uma pessoa equilibrada emocionalmente é uma pessoa com saúde mental. Provavelmente se todos nós escrevêssemos um pouco no final de cada dia, viveríamos muito melhor, isto porque a escrita “obriga-nos” a reflectir, a realizar uma introspecção sendo tudo isto, benéfico para o nosso desenvolvimento a todos os níveis.

Concluindo,

Concordo com tudo aquilo que a Dr.ª Helena referiu na sua dissertação, e tento pôr em prática todas as indicações e felizmente para mim já o faço há vários anos. E claro que sou conhecido como sendo alguém positivo e de certa forma que vive num mundo à parte por ver o sempre o lado positivo de todas as situações, mas quando estou perante as dificuldades, lembro-me de dois princípios básicos que a mim dizem-me muito “Se tem solução porque te preocupas? Se não tem solução porque te preocupas?”; “Quando se fecha uma porta, abre-se sempre um portão, apenas basta entrar no portão”. Provavelmente estas frases pouco ou nada dizem aos outros, mas na minha perspectiva são fundamentais para a minha saúde mental.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Presidenciais


Sou um cidadão comum, eleitor desde algum tempo. Nunca falhei uma votação, pois além de achar de ser um dever cívico, faço-o principalmente porque não gosto que escolham por mim e porque foram muitos aqueles que lutaram e perderam muito de si e dos que gostam para que hoje tenhamos o privilégio de poder escolher.
Tenho seguido as candidaturas para a presidência da república e faz-me confusão os candidatos e as suas propostas, ou melhor, a falta delas.
Sinceramente não sei que raio faz o presidente da república nem quais são as suas funções. Assumo que nunca fui à procura também, mas com tanta preocupação com assuntos parvos, como o BPN, o BPP, a dissolução ou não do parlamento, falha-se no essencial... O que raio faz o presidente da republica?
Se fizer esta pergunta aos portugueses, tenho a certeza que serão demasiado poucos aqueles que a saberão responder. É pena, pois na minha opinião faz-me confusão escolher alguém apenas com base na sua postura e reputação politica, na qual nenhum dos candidatos é insigne.
Fala-se muito do candidato José Manuel Coelho... mas este cidadão adoptado pelo PND da Madeira está fazer aquilo que muitos cidadãos destes país gostariam de fazer, ou seja, chegar-se à frente para resolver os problemas. De facto, ainda não ouvi soluções para a resolução dos problemas, mas pelo menos assume que Portugal tem problemas graves na classe política que nos governa e é a única voz pública em luta contra eles. É uma lufada de ar fresco e espero que Portugal lhe dê força e incentivo, pois custar-me-ia muito ver este lutador esmorecer, porque todos sabemos que a sua luta é de todos nós, mas que seremos sempre vencidos.
PS: Lanço o repto às televisões, jornais e semanários portugueses, porque não uma reportagem sobre quais as funções do presidente da república?