sábado, 26 de setembro de 2009

Areia


Detesto areia. Sim! Detesto areia. Odeio ficar com ela no corpo pregada, não ser capaz de me livrar dela quando quero. O levar a areia para casa sem querer, o estar sempre a pensar naqueles pequenos grãos que parecem insignificantes, mas que vão sempre connosco para casa. Detesto pôr um montinho de areia nas mãos e depois senti-la a fugir-me pelos dedos. Pior que isto são as Pessoas Areia.

Há pessoas assim, tal e qual a areia, são as Pessoas Areia. Quando estamos com elas, é maravilhoso, é fantástico passear com elas, senti-las, tal e qual a areia quente debaixo dos nossos pés quando passeamos no Verão.

Quando chega ao fim do dia de praia queremos ir para casa e temos areia em todo o sitio, queremos livrar-nos dela, mas os grãos de areia continuam lá, mesmo que queiramos livrar-nos deles, os pestes são teimosos e vão sempre connosco. As pessoas de Areia são iguais, quando queremos ir para casa sem elas não conseguimos, levamos sempre um bocadinho delas, e acabamos por nunca as esquecer. Fazemos tudo e mais alguma coisa para deixar estas pessoas para trás, mas invariavelmente não conseguimos. No final de um dia a brincar na areia tomamos um banhito, e saímos sempre com a sensação que ficamos com areia em qualquer lado. Com estas pessoas é igual, tentamos esquecê-las mas não conseguimos, elas ficam sempre lá.

As pessoas de Areia têm o mesmo defeito que a areia, quando pensamos que "as temos na mão" fogem, tal e qual a areia. É terrível, pensamos que as coisas estão a correr bem, e de repente tal e qual como a areia estas pessoas fogem. Bastas sentirem-se apertadas que fogem por entre os nossos dedos sem sermos capazes de contrariar isto. É horrível.

Não me consigo livrar de ti...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Algo está mal aqui...


Lia há pouco o Diário de Noticias cá da ilha, e vejo que a marina do lugar de baixo vai reabrir. Para quem não conhece a história, basicamente foi uma marina construída de forma um tanto ou nada megalómana, que após ter sido inaugurada logo no primeiro Inverno, quase que o mar destruía metade da mesma. E quando pensávamos que a coisa não podia complicar surge um estudo que previa que as rochas circundantes desabassem e pronto destruíssem a marina. Moral da história, fez-se outro projecto megalómano para consolidar a escarpa rochea que estava em risco.

Agora a marina vai reabrir, mas calma, "O regresso dos barcos à marina poderá contudo ocorrer logo após o Inverno e sobretudo para os 'marinheiros' passantes. Segundo fonte da Sociedade de Desenvolvimento Ponta Oeste, está a ser ponderada a hipótese de abrir a doca desta marina sazonalmente, entre a Primavera e o início do Outono, fugindo assim às intempéries marítimas que muito condicionam, não só a navegação, mas também a própria segurança interna nesta doca em particular." In DN de 22/10/2009.

Portanto no fundo esta marina irá fazer o seu trabalho a part time, pois no pelos vistos no Inverno não irá funcionar, será uma marina Primavera-Verão. A primeira em Portugal e quiçá no mundo. A Madeira e o tio Alberto mais uma vez voltam a inovar.

PS: Não é por nada, mas parece-me que os técnicos que projectaram este projecto enganaram-se em qualquer coisa, digo eu.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Amigos Coloridos


Amigos coloridos, sempre foi um assunto que me despertou interesse, aliás até já me despertou-me muito mais que isso. O conceito de amigos coloridos não é nada mais do que fazer sexo com um amigo, ou seja, acrescentar o sexo a uma amizade. O que vendo bem até é uma excelente ideia, não fossem alguns problemas, porque na vida nada é tão fácil nem tão bom como parece e os amigos coloridos também têm os seus problemas.

O primeiro, e principal problema, é que normalmente quando se inicia algo com um amigo colorido, quase sempre um dos elementos começa a sentir algo mais pelo o outro, o que é uma chatice, pois o conceito de amigos coloridos é apenas de acrescentar algo mais prazeroso à amizade e não arranjar um companheiro para a vida, daí que esta seja uma complicação um pouco chata. Este aspecto é quase inevitável, pois como sabemos das pessoas que mais temos coisas em comum são os nossos amigos, logo não é assim tão difícil a coisa descambar e acabarmos apaixonados pelo nosso amigo, pelo menos para mim. (mas há quem diga que sou um fácil)
Penso que não estou aqui a dizer nada de novo, mas o que faz-me escrever isto foi uma ideia que tive há dias. Porque não criar um novo conceito, os colegas coloridos?

Os colegas coloridos parece-me uma ideia com muitas perninhas para andar, pois assim não corremos o risco de nos apaixonar pelo amigo, no máximo apaixonamonos pelo colega, mas o importante a reter é que não pomos uma amizade em risco. E no final de contas isso é o que interessa, manter os amigos como sempre.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Adeus

"A morte é um ladrão". A minha mãezinha sempre o disse, nunca a contestei e a verdade é que ela sempre teve toda a razão, pois de repente, tal e qual um ladrão a morte chegou e levou-te. Levou-te a ti e levou um pedacinho de mim. Foi tão repentino tal e qual o roubo de uma casa, a morte entrou tão depressa que nem me deu oportunidade de gritar por alguém, enquanto te roubava e eu não podia fazer nada. O meu tesouro desapareceu rapidamente e nunca mais terei oportunidade de estar com ele, de contemplá-lo mas acima de tudo de falar com ele. A saudades são muitas, mas as memórias boas sao ainda maiores. Razão pela qual não me sinto revoltado.

Fui roubado, perdi quase tudo, mas revolta não sinto... sempre pensei que ia sentir uma revolta imensa, mas por qualquer motivo quando penso em ti apenas lembro-me das coisas boas que vivemos e até quando te vi não evitei pensar no que dirias se pudesses falar e tenho a certeza que irias reagir à tua maneira e que todos os que ali estavam no final se iam rir. Eras uma pessoa fantástica, fomos felizes, a morte decidiu levarte e tal e qual os mais belos tesouros do nada desaparecem e não se sabe bem para onde, mas tenho a certeza que estejas onde estiveres vais cuidar de mim, vais cuidar de nós.

Deixaste-me aqui abandonado a sofrer sem ti, mataste um pouco de mim, mas ao mesmo tempo fizeste nascer em mim uma força quase sobrehumana capaz de aguentar tudo e mais alguma coisa. Não fomos capazes de fazer os nossos 5 filhos lindos, ou 2 como tu dizias, mas contigo nasceu um eu mais forte, capaz de superar tudo, obrigado por isso.

Continuo o mesmo optimista, há coisas que não compreendo mas também acredito que não tenho de entender tudo. Os "se`s" não ajudam e neste caso não têm atormentado, tivemos um vida boa, tivemos momentos espectaculares de felicidade, tivemos birras e zangas estúpidas, mas fomos felizes. Fico feliz por antes de partires teres tido um dia bom, em que ambos fomos felizes e apenas porque foste-me roubada não teremos mais desses dias...

Adeus meu amor e quem sabe até já...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O meu casamento

Achei este vídeo maravilhoso, sem dúvida uma entrada em grande para a convivência eterna (supõe-se) de um casal.


Já todos imaginamos como seria o nosso casamento, até mesmo aqueles que não sonham com isso, pelo menos uma vez na vida perderam alguns momentos do seu tempo a imaginar como seria. Eu como católico acérrimo, acredito na união de dois seres que se amam, mas que acima de tudo que se mamam. Sim que se mamam também, que isto do amor é uma coisa muito linda, fundamental para que uma relação funcione, mas na minha opinião não há prova mais eficaz de intimidade do que saborear o sabor dos fluidos sexuais de ambos. Mas voltando aos casamentos.

Eu sempre imaginei um casamento muito tradicional, numa igreja, mas com um padre do tipo MC, ou seja, com ritmo e porque não com alguma piada. Assim, quando desse os seus conselhos ao belo casal, o auditório ria-se e a cerimónia tornava-se muito interessante. ( este era o tipo de padre que um dia sonhei ser)

A igreja tinha de estar cheia de flores, e com um tapete de flores no chão, em que tivesse escrito lá as minhas maiores qualidades (que são muitas, kof kof) e claro as qualidades da minha mulher.

Depois entrava na igreja e quando pusesse os pés em cima do tapete floral, em que tinha escrito uma qualidade a meu respeito, por exemplo, lindo, gritavam todos LINDOooo e eu acenava tal e qual o Juan Carlos de Espanha. Isto sim era uma entrada em grande, muito melhor que a dança do vídeo.

Sei que estão a imaginar uma igreja cheia de gente, mas não... No meu casamento quero apenas as pessoas que realmente importam na minha vida, ou seja, não quero a família toda, nem toda a gente que conheço, quero apenas as pessoas essenciais, as pessoas verdadeiramente importantes, portanto do meu lado dos convidados deverão estar no máximo umas 15 pessoas, entre elas a florista que forneceu as flores. Já do lado da minha mulher, isso só ela sabe.

Após o casamento vamos todos festejar esta união maravilhosa, este compromisso para a vida, para a futura casa do casal, sim porque gosto de coisas recatadas, mas com muito comerzito e a garagem nesse dia em vez de albergar os meus 3 carrões e a mota vai estar mas é cheia de mesas com comer, bem gostoso.

No final da noite é hora de consumar a relação, ou melhor de consumar mais uma vez a relação e se Deus quiser e acima de tudo nós quisermos, não haveremos de ter bebido álcool suficiente para levar à impotência.