Ora muito bem hoje vou falar-vos de um tema muito sério. Vou falar da Quaresma. Não é o ciganito que está agora no Chelsea, vou falar mesmo da Quaresma, esse belo período que teve inicio esta quarta feira. Segundo o rito cristão que invariavelmente a maior parte dos habitantes de Portugal seguem, na Quaresma faz-se jejum. Jejum esse que consiste em evitar alguns dos "mimos" que habitualmente consumimos, seja aquele pastel de nata, ou uma tarde de requeijão. Pronto nesta época evitamos ceder à gula e comemos apenas o essencial para sobreviver. Pelo menos é assim que a tradição devia ser, ou então não.
Apesar de não ser entendido nesta matéria sei que a Quaresma dura 40 dias, ou seja, cerca de 5 semanas e ao longo destas semanas à quarta e à sexta jejua-se, luta-se contra a gula e portamos-nos melhor. Durante estes dias Deus nos livre de ceder à tentação...
Mas face ao cenário de crise internacional, este jejum não devia ser abolido? Perguntam vocês: que raio se passa na minha cabeça? É natural a pergunta e passo a explicar.
É muito simples: Se estamos a viver a chamada crise em que ninguém investe aqui e ali porque não tem dinheiro e os nossos gastos cada vez mais centram-se nos bens essenciais (entre estes está a nossa gula), portanto durante 2 dias Portugal não gasta ainda menos do é normal, os portugueses não consumem, logo não impulsionam as pequenas e médias empresas (PME), ou seja, aumenta o risco de despedimento dos funcionários. Afinal com esta história do jejum as PME fazem uma espécie de jejum e também não gastam um tostão com os funcionários porque não o têm.
Perguntam vocês: E a culpa é de quem? Perguntam muito bem e mais uma vez a minha estrondosa sabedoria explica: A culpa é da Igreja e quiçá Deus que não quer ajudar a salvar a crise internacional. Quando devia aliar-se a todos nós e ajudar-nos a sair ou fugir da crise, mas NÃO! Enterra-nos ainda mais.
É por isso que lanço aqui o manifesto para acabar com o Jejum...
Vamos todos ceder à gula...
Hoje é dia de jejum, portanto a pergunta que se impõe é: Querem ir para o céu ou evitar os despedimentos em massa?