sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal

Como estamos no Natal parece-me a altura ideal para falar efectivamente do Natal. Não sou dos maiores fãs do Natal, mas até aprecio minimamente a época. Detesto comprar prendas pelo simples facto de ter de escolher, o que é um grande desafio que no meu caso parece tão difícil como subir ao Evereste sem o João Garcia.
Mas a ideia do Natal é boa, é a benevolência, o espírito da família, gosto... Não é nada de extraordinário tendo em conta que o mesmo espírito deve ser mantido o ano todo e devemos todos como cidadãos promover e lutar por um mundo melhor, mas enfim... é Natal.
Recebo mensagens lindíssimas de Natal por email, sms ou até pessoalmente... São lindas, lindas... mas muitas delas desprovidas de qualquer significado... mas o que conta é a intenção.
Estamos a ficar todos preguiçosos, em vez de perdermos tempo (precioso) a pensar numa mensagem personalizada para enviar aqueles que nos são queridos, mandamos uma mensagem generalista para todos os contactos e nem assinamos no fim... e depois aparecem-nos sms de quem já nem sabemos quem são... adoro o espírito natalício.
Enfim... é Natal...
Votos de bom Natal aos fieis leitores e perdoem-me qualquer coisa menos boa.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Políticos


Os políticos quando discursam, o que nos dizem? NADA! Porquê? Porque efectivamente não sabem o que dizer. São oradores inteligentes que cativam, caso contrário não seriam eleitos.
Não quero com isto dizer que não sejam pessoas inteligentes, porque de facto o são. Muitas vezes não interessa dizer a verdade toda à população uma vez que as pessoas não estão preparadas para enfrentar a realidade. Como consequência disto, os discursos são bonitos e vagos.
Como nem sempre se pode dizer a verdade toda, transforma-se este aspecto para todos os discursos pois num âmbito geral são todos muito vagos e desprovidos de qualquer interesse. Como em tudo na vida há duas formas de ver as coisas. Podemos encarar a vida com optimismo ou com pessimismo. Os políticos são dos seres mais optimistas do mundo, pois contam-nos sempre a verdade mais bonita. Por exemplo, quando se diz "Vão entrar em 2011 ao serviço 6 médicos", que boa noticia pensamos todos nós... mas a verdade é que são aposentar 9 médicos... mas isso já não interessa dizer.
É assim a política... Não quero com isto dizer que se tenham maus políticos em Portugal ou mais políticas em portugal. Acredito e quero acreditar que existem muito bons políticos, mas não políticos partidarizados mas sim técnicos de política. Os políticos partidarizados são uma consequência da democracia, e é inevitável isto. Não há forma de exercer política sem partidos.
Cada vez mais apoio os movimentos ditos "independentes" que acabam por ser os mais adequados, pois são os menos partidarizados e acabam por dar espaço para que os técnicos de política possam exercer e crescer.
Em termos práticos deixo-vos o exemplo da freguesia de Gaula em que nas últimas eleições foram eleitos o "Movimento pelo Povo" que nada tinha de partidário (acho eu). Há dias saía nos noticiários regionais, que um dos acessos às residências estavam em mau estado, quase intransitáveis para peões. Então os vereadores eleitos deitaram mãos à obra e mobilizaram os fundos da junta de freguesia para adquirirem material de construção civil e com a ausência de fundos para contratar uma empresa para realizar a empreitada, solicitaram o apoio da população e todos juntos, vereadores e populares construíram o acesso que era necessário.
É isto que falta em Portugal! Há má vontade política em deitar as mãos à obra, em pôr-se no lugar daqueles que os elegeram, em lutar por eles.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Magistrados e os Subsidios

Os srºs magistrados estão todos muito preocupados e tristes com a perda do subsidio de alojamento de 800 €/mês... O que a pensarmos bem é muito mau... pois se estes srºs que trabalham desalmadamente para a acabar com as enormes listas de processos à espera de resolução ficarem descontentes é um grande chatice.
Se estes srºs estão descontentes em vez dos processos demorarem 4-5 anos, passaram a demorar 5 a 5,5 anos... o que é muito mau. Os processos urgentes vão demorar em vez de 5 anos a ser resolvidos vão passar a demorar 5 anos e 6 meses a serem resolvidos com todas as implicações que isto tem para o estado do país.
Os srºs magistrados como seres solidários que são, como seres amiguinhos que são... o que se propuseram para evitar o seu descontentamento e as suas consequências? Perguntem-me lá. O quê?
Propuseram um aumento salarial e passo a citar "naturalmente superior ao salário mínimo nacional, mas tributado como todos os outros portugueses".... Sim! Porque os srºs magistrados não são diferentes dos outros portugueses e por isso merecem um aumento compensatório de mais de 400 €/mês, em contrapartida de um corte de 800 € dum subsidio que mais nenhum português tem... (que se saiba publicamente).

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Ex`s

Os Ex`s são aqueles seres maravilhoso com quem em dada altura da nossa vida não viviámos sem eles, eram das pessoas mais importantes da nossa vida, provocavam saudade e alegria a todo o momento, até que um dia tudo terminou e partimos para outra. Contigências da vida. Já todos passamos por isto e todos temos os nossos ex`s.

Mas e o reencontro com os ex`s? Sim quando os encontramos e percebemos que os pestes estão muito melhores do que quando estavam connosco? Eu como macho viril comum, sou um ser básico e que adora apreciar a beleza feminina em todo o seu esplendor, não deixo de reparar que as Ex`s tão muito mais bonitas e em muito melhor forma do que quando estavam comigo o que não deixa de ser altamente desmotivante... Contingências da vida...

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Desemprego

Hoje vou reflectir sobre o emprego ou o desemprego.
Recentemente terminei a minha licenciatura e fui atirado para um mercado de trabalho altamente competitivo que é assustadoramente concorrido e onde os mais fracos sobrevivem não se sabe bem como. Pois faz-me imensa confusão que algumas pessoas sejam remuneradas para exercer a sua actividade de forma tão inútil como o fazem e não estou a falar (apenas) de funcionários públicos, mas podia...

Quando vamos à procura de trabalho é como ir para o engate. É preciso uma boa dose de confiança e um grande poder de encaixe, porque temos de estar preparados para levar um enorme NÃO!
Quando alguém vai por exemplo a uma festa com o intuito de engatar alguém, no inicio da festa procura logo o mais bonito e o mais interessante, na procura de emprego também é assim, procuramos aquele emprego que mais tem a ver com o nosso gosto, que melhor remunerado é. Mas quase sempre o nosso primeiro tiro ao alvo falha e avançamos para a opção seguinte.
Aquele individuo que não é tão bonito e até parece interessante, mas ouvimos um Não e vamos para outro. O que não é bonito mas fala bem e depois para o que é feio e não diz nada de jeito (isto já no desespero).
Com a procura de emprego é tal e qual, ora vejam o meu caso, comecei à procura de emprego como enfermeiro e agora já estou a ponderar ir para a construção civil e mesmo assim ainda estou sujeito a ouvir um Não... é tal e qual uma noite de engate comum.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O meu carro é uma mulher!

Tenho um carro à menos de um ano. Gosto do bicho e trato-o pela machine por ser o carro mais potente que tive até hoje como meu.
Tenho um Nissan Almera, que é um carro másculo, e como carro másculo que é, não exige muitos cuidados. Basta fazer as revisões dentro dos prazos e depois dou-lhe um ou outro mimo, como dar-lhe um banhinho ou aplicar cera na pintura para ficar a brilhar e mais nada. Tal e qual um macho. É simples, sem complicações. Basta fazer um check up de saúde de vez em quando e fazer o básico para andar apresentável... é sem dúvida um macho.

Há uma semana atrás o meu carro virou mulher... Sim mulher, o peste começou a fazer uns barulhos meio estranhos, começou a reclamar sempre, o motor não desenvolvia como devia, basicamente o carro queixava-se e ninguém percebia o porquê. Sentia que ele estava em sofrimento, mas não percebia a causa. Era tal e qual as mulheres, expressam-se e não se entende o que querem dizer, reclamam e não se percebe o motivo... Aqui apesar de todas estas evidências ainda não suspeitava que o meu carro se tivesse tornado numa mulher... até que...

Levei a Machine ao mecânico, após um pequeno passeio o mecânico chegou à conclusão que podia ser falta de óleo, comprei-lhe o óleozito e o carro ficou a funcionar como uma maravilha. Sem qualquer problemas e ainda fui avisado para controlar-lhe o nível do óleo e da água para que ele não se queixasse mais.
Este foi o ponto de viragem, despertei logo para a realidade, o meu carro másculo era uma mulher e nem havia dúvidas.
Fica logo sem problemas quando se compra uma coisa, fui-lhe comprar o óleo e melhorou logo, tal e qual as mulheres. Damos-lhe toda a atenção do mundo e deixam de reclamar. Sim, porque agora tenho de verificar sempre o raio de óleo e da água ao contrário de todos os outros carros que tive que não ligava a isso e nunca tive chatices, mas este tinha de ser uma mulher, tinha de precisar de atenção para funcionar bem.
Com as mulheres é a mesma coisa, se não lhes ligarmos nenhuma ninguém as atura, têm de ser sempre o centro do mundo, com o meu carro agora é assim, tem de ser mimado se não faz birra e não me funciona direito.

O meu carro é uma mulher e tenho dio.

domingo, 24 de outubro de 2010

Pânico

Pânico? O Pânico e acima de tudo o histerismo irrita-me e assusta-me. Detesto exageros e vivo num mundo de exagerados... Dirão-me-ei que sou racional e que a minha vida nunca despoletou em mim o pânico ou o histerismo e por isso não o entendo... BINGO... Têm toda a razão! Não entendo o histerismo (o pânico é outra conversa), faz-me confusão e nestes últimos dias tem-me feito ainda mais confusão.
Vejamos o que se passa (aqui) na Madeira. Toda a ilha vive uma espécie de stress pós-traumático pós 20 de Fevereiro. [Para quem não se lembra do 2o de Fevereiro, resumindo... ocorreu um enorme inundação no Funchal, quase todas as ribeiras (mini rios?) a sul transbordaram e inundaram e arrastaram casas, carros, animais e pessoas. Foi também um belo exercício de controlo da comunicação social na qual o Governo Regional contou-nos que morreram cerca de 50 vitimas mas na verdade foram muitas mais.] E na passada quinta feira choveu que se fartou e o Funchal inundou novamente. Não querendo desrespeitar aqueles que novamente apanharam outro susto de morte e reviram novamente um momento traumático, todos os outros que não foram afectados directamente comungaram de um histerismo generalizado no qual todos ligavam para familiares e amigos a aconselhar ficar em casa e a abandonar o Funchal. As autoridades fecharam escolas e serviços públicos e o RESULTADO foi? Uma enorme confusão. Os pais desesperados a ir buscar os filhos às escolas que ficavam no topo da cidade, onde simplesmente estava chuva e não se passava mais nada. O Funchal intransitável e com enormes filas e ainda as redes de comunicação completamente entupidas... o que é muito bom quando ocorre um simples acidente de carro e é preciso chamar ajuda...
Pergunto-me... PARA QUÊ? Porque raio andamos a fechar instituições que estão a funcionar normalmente e que nem estão situadas perto de zonas de inundação? Para quê?
Revolto-me e na passada quinta feira saí de casa fui ao ginásio e fiz o meu treino... estava muita água na estrada e fiquei todo molhado, mas o que tem isto de estranho num dia de chuva torrencial? Absolutamente NADA!

Outro cliché do histerismo é o Cancro... de facto é uma patologia que mata muito, que provoca muito sofrimento e que tem muito impacto social, mas se formos analisar as estatísticas as taxas de recuperação são até elevadas e o números de mortes até é muito reduzido quando comparado com as doenças cardiovasculares... mas toda a gente tem medo de morrer de cancro, não se preocupam em controlar a Tensão Arterial ou em reduzir o excesso de peso... é o histerismo... sofre-se por antecipação e sem necessidade.

Não gosto de alaridos desnecessários, não gosto de histerismo e odeio sofrer por antecipação... quando os problemas surgem resolvemo-los enquanto não chegam continuamos a nossa vida o melhor possível.
PS: O tratamento do histerismo passa por 1 de 2 caminhos: Ou fechar o "histérico" num quarto sozinho e não lhe ligar nenhuma ou chamá-lo à realidade com uns berros ou uma chapada na cara.


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Normal...

Aceitar o outro tal e qual ele é...
Acho que este é o maior desafio da nossa vida... aliás acho que o propóstivo da nossa vida devia ser este, trabalhar e crescer para aceitar o outro tal e qual ele é. Desafio complexo e possivelmente inatingível, uma vez que acabamos sempre por julgar e por tentar mudar ou até mesmo mudar o outro em função daquilo que para nós é normal.

A normalidade é indiscutivelmente muito relativa, no entanto, existem normas pelas quais nos regemos, nos guiamos. Sao códigos sociais estranhamente silenciosos que nos ensurdecem. Todos nos queixamos que as pessoas no geral têm a mente fechada e de facto é verdade... Seguimos os padrões sociais e quando surge algo novo comentamos, e voltamos a comentar e rimos e gozamos. E se pensarmos bem, desta forma nao deixamos espaço para fugir da normalidade.

Dissemos que somos todos pessoas com mentes abertas, que nao nos faz confusao as excentricidades dos outros, mas faz-nos confusao, comentamos gozamos e olhamos de forma diferente. É algo novo para a qual possivelmente nao estamos prontos para ver. É normal, mas também é normal sermos cínicos, e não assumirmos.

A empatia trata de colocar-se no lugar do outro, é um termo muito usado na área da saúde e que muitos apregoam ser capazes, eu não sou empático, gostava de o ser... mas como sou normal não o consigo, pois encaro os acontecimentos que acontecem aos outros de acordo com as minhas experiências e com as minhas expectativas e depois adequo-o a minha intervenção e diálogo com base nisso, pergunto-vos, será a empatia possível? Eu já tive mais certezas, sendo que cada vez mais acredito menos nela, embora a ache fundamental...

Agora vou continuar com a minha mente bem fechadinha a sete chaves, que isto para desbloquear era preciso um código xpto...

sábado, 22 de maio de 2010

A EX


Os EX`s são sempre uma treta, por mais bem resolvidas que estejam estas relações, é sempre um momento estranho rever estas pessoas, pelo menos nas primeiras vezes. Podemos saber peritoriamente que a relação está mais que acabada e que nunca mais iremos ter alguma coisa com ele/a mas a verdade é que aquele sentimento de "posse" não desaparece de imediato.

Quando revemos o EX, vemos que está muito melhor que quando estava connosco (até podemos ser os únicos a achar isto, mas as ex ficam sempre em melhor forma depois de acabar a relação), está mais sexy, mas apelativa, mais bonita. Depois a EX faz questão de passar por nós de peito inchado, a sorrir, se está acompanhada por amigos vai realizando aquele flirt característico, toca aqui, ri ali, etc, distribuí simpatia e seduz subtilmente, depois olha para nós com aquele olhar de relance que diz-nos "já viste o que perdeste?". É um facto, as EX ficam sempre melhores do que quando estavam connosco, o que não deixa de ser uma enorme injustiça.

Por outro lado, nós fazemos exactamente o mesmo, continuamos a nossa conversa, damos uma ou outra gargalhada mais alta para chamar à atenção, para mostrar que nunca estivemos tão felizes, que estamos muito bem. Se estamos com outra pessoa, abraçamos, beijamos, sorrimos efusivamente para provar que estamos bem e assegurar que a EX percebe que estamos bem. Os tristes dos acompanhantes nem se apercebem que estão a ser meros peões neste jogo complexo e ficam derretidos com a atenção extra, são bem enganados.
Quando nos apercebemos destas situações, assistimos deliciados ao espectáculo que acreditem tem imensa piada e tenho a certeza que após lerem este texto quando reverem as/os EX`s vão aperceber-se que fazem este jogo inconscientemente.

É um jogo interessante de se assistir, em que tudo gira à volta dos nossos egos e do nosso espírito competitivo...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O Papa

Este espaço, tal como o Estado português, é laico. Como tal, não pode deixar de comentar a visita de sua santidade o papa... aliás até acho que à semelhança dos canais televisivos de Portugal, todos os blogs da blogosfera nacional deviam unir-se e falar apenas na visita do papa, já que somos todos blogs laicos e como tal deveríamos todos comentar a vinda do papa...

A visita do papa é importantíssima para Portugal, mas o que me preocupa mesmo são os cheques prenda... sim os cheques prenda.

Os cheques prenda são os parentes pobres, as ovelhas negras da família. Ninguém oferece cheques prenda e quem os oferece é mal visto. É logo rotulado de preguiçoso, acusam-no de não conhecer bem a pessoa, de não ter tido vontade de procurar e de comprar... Uma grande injustiça é o que é.

Comprar prendas é uma festa, uma diversão, um enorme prazer para alguns. Para mim e para muitos é um tormento, uma complicação, um drama e no final um desespero. Os cheques prenda foram inventados a pensar em mim, quando surgiram vi a luz ao fundo do túnel, mas depois esvaneceu-se a luz e a ideia revelou-se um fracasso, mataram os cheques prenda.

Fazer aquele sorriso amarelo para não desiludir quem nos ofereceu algo, mesmo que tenhamos odiado, a maçada de ter de ir trocar e o drama de escolher algo numa loja que não gostamos podia ser facilmente evitada com os cheques prendas, mas não... Gastamos uma fortuna em algo que o outro não gosta, perdemos tempo nas compras, sofremos a ansiedade de "será que ele vai gostar"... sem necessidade nenhuma. OI? Há cheques prenda... que são maravilhosos, porque não usá-los?

O cheque prenda é uma solução inteligente para pessoas inteligentes, por isso é com muito orgulho que gosto de cheques prenda... sim, porque eu mereço.

Salvem os cheques prenda...

sábado, 8 de maio de 2010

Mulheres

Custa-me deixar morrer este blog, mas custa-me talvez tanto voltar a escrever que assumo estar aqui a escrever à pressão, apenas para postar e poder actualizar isto. Sinto que deixei um pouco isto morrer, sinto que perdi parte do Carloressu, uma vez que quase todos os que me conhecem pessoalmente associam-me a este espaço e associam muitas vezes de forma errada aquilo que escrevo aqui aos acontecimentos que ocorrem na minha vida.
Se calhar por isso, custa-me tanto escrever aqui, se calhar por ter começado a temer as consequências daquilo que escrevo. Assumo que muitas vezes vivo num mundo encantado, em que as coisas que faço acabam por não ferir ninguém, na minha cabeça faz sentido, mas na cabeça dos outros não faz e já por várias vezes feri pessoas com o que escrevi. Custa-me tomar consciência disto, custa-me que este espaço tão acolhedor sirva para ferir e não apenas para entreter.

Não o tenciono fechar, mas cada vez mais custa-me escrever, pois perdi parte da minha liberdade, não posso escrever tudo o que me vem à cabeça, agora são muitos aqueles que me leêm e são muitas cabeças a interpretar e a julgar o que aqui escrevo.

Se assumo que sou um homem que adora mulheres, assume-se que serei um engatatão, se calhar até o sou, mas amo as mulheres, amo o poder delas e invejo-as por vezes (agora quem ler isto vai assumir que sou gay) (e quem leu o parêntesis anterior está ofendido por estar a ofender os gays). Escrevi sem maldade que adoro mulheres e já tenho 2 interpretações correctas ou não. Até é engraçado, o que é chato é que depois tenho de lidar com estes mal entendidos.
Se vos disser que não passa uma mulher bonita, um decote bonito ou um gluteo definido que não me faça voltar a cara para olhar melhor, vão pensar que sou tarado e que não resisto a olhar. Outros pensarão que se deve ao facto de ser homem e ser incapaz de não olhar... Ora muito bem, ambas as partes têm razão. Gosto de olhar e como amo as mulheres, gosto de as observar como deve ser.
Engraçado ter escrito isto à pressão e não ter dito absolutamente nada...

sábado, 13 de março de 2010

Deixei a Isenção em qualquer lado!

Deixei a Isenção em qualquer lado, perdi parte dela.
Tinha a isenção comigo desde pequenino... sempre tirei as minhas conclusões pela minha cabeça, nunca liguei a aquilo que diziam... ouvia e depois tirava as minhas próprias conclusões. Um dia fui ao shoping e perdi a isenção. Deve ter ficado juntamente com os boxers na prateleira, quando deixei que escolhessem os boxers por mim, é que só pode!
Ou então ficou, na praia quando disseram-me que o bonito era a rapariga sem um pingo de gordura, com umas mamas de tamanho médio e um rabinho redondo... Também pode ter ficado lá.
Gostava mesmo de encontrar a isenção, de voltar a usá-la na plenitude e gostava que quem a está a esconder deixasse de brincar. Estou farto de estar sem ela.
Ainda outro dia, ia a passear e dou comigo a discutir com um colega um tema com base em lutas antigas, em quezilhas pessoais de outros, tava a discutir com base em aspectos que não foram apurados por mim. PORRA! Não me dá jeito nenhum, não estar isento.
Já tenho saudades de julgar de forma isenta, sozinho...
Ninguém me tira da cabeça que a isenção está com os boxers, mas e se não estiver? Onde estará? Perto de mim? Perto de si?
Procurei no google e encontrei a isenção... Encontrei! Está retida nas finanças, na parte das isenções. Agora só falta ir lá buscá-la.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Morri!

Sabem aqueles momentos em que não temos vontade de fazer nada, em que fazemos o essencial e esquecemos tudo o resto? Estou num desses momentos... Acho que estou a nascer de novo, sei que é estúpido mas sinto que mudei, que estou a mudar e o pior é que nem dei por isto começar.
Mudei... não sei se foi para melhor mas mudei. Perdi parte do interesse que tinha por algumas coisas que tornaram-se obsoletas, descobri pessoas e facetas que conhecia. Acho que abri um pouco os olhos, percebi que o mundo não era tão cor de rosa como eu o pintava (apesar de ter feito um esforço por comprar e usar mais roupa rosa), é cada um por si... é triste mas todos lutamos por nós próprios e esquecemos o próximo.
Estou cansado de lutar contra a enxurrada, fiquei com o meu carro preso e foi parar ao mar completamente destruído. Vim ao de cima, respirei, pedi ajuda, saí e nasci.

Quero voltar a ter o prazer que tinha, a alegria que tinha, a parvoíce que me acompanhava, quero voltar a ser eu... Estou diferente e isso assusta-me e assusta quem está à minha volta, não sabe com o que conta, mas nem eu sei... Perdi a segurança que me caracterizava, mantenho a perseverança mas diminuí o meu limiar de tolerância, estou mais exigente, mas implacável, já não tolero faltas de responsabilidade, já não tenho a vivacidade que tinha para resolver os problemas causados pelos outros. Mudei e estou cansado de mudar...

Estou vulnerável e tenho medo...

(qualquer dia volto ao que era)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Expressões

Muitas vezes ficamos ofendidos quando nos chamam nomes, seja o sacana, filho da mãe, cabrão, paneleiro, etc e etc. Tudo depende do contexto, muitas vezes estou com o grupo e chamam-me sacana e sinto-me bem, porque sei no fundo que não sou sacana e que apenas estão a usar a expressão no bom sentido.

Já se me chamarem cabrão, fico ofendido, pois já houve momentos em que fui cabrão e este acordar para a realidade deixa-me ofendido, pois sei que a determinada altura fui um cabrão e infelizmente hoje não posso fazer nada para evitar isso.
Se me chamarem filho da puta, não me ofendo pois a srª minha mãe nunca foi de facto isso, logo não fico ofendido, pois as duas palavrinhas na minha mente não fazem sentido nenhum e obviamente não me ofendem.

Mas o que gosto mesmo é que me tratem pelo nome, isso sim faz-me sentir bem, pois serei sempre o mesmo, o meu nome é quem eu sou, eu sou o meu nome, e não há nada mais gratificante do que ser tratado pelo nosso nome, daí que sempre que é adequado trato as pessoas pelo seu nome. A mim aumenta-me o ego, sinto-me importante e valorizado e suponho que os outros sintam o mesmo. Por isso trato as coisas pelo nome que são. Seja António, cabrão ou Maria.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

O amor escolhe-se...


"Os sentimentos são involuntários, não se podem escolher, não podemos ser responsabilizados por eles, não devemos sentir-nos culpabilizados por eles."

Esta é a premissa para iniciar mais um pequeno texto, de facto os sentimentos são de todo involuntários, é impossível escolher de quem se gosta e de quem não se gosta... já todos nós quisemos gostar de uma pessoa e não conseguimos e o contrário também... é um facto. Não se escolhe de quem se gosta.

Já "os comportamentos são voluntários, cada pessoa escolhe o seu comportamento, é responsável por ele, cada pessoa pode julgar os seus comportamentos e ser julgada por eles". Penso que também não há duvidas em relação a isto pois não? Todos nós somos julgados e todos nós julgamos, por muito que nos custe a aceitar isto é efectivamente mais forte do que nós e acima de tudo é inevitável. Por isso juizinho naquilo que se faz.


Estas duas frases estão interrelacionadas, ora vejam lá, o meu comportamento vai condicionar as pessoas que conheço, as pessoas às quais dou uma oportunidade. São os meus comportamentos, as minhas atitudes que vão cativar ou não o outro. Até pode ocorrer que esteja alguém completamente apaixonado por nós, mas se nós não lhe damos uma oportunidade nunca iremos gostar dela, isto porque nunca a conhecemos, nunca lhe demos a oportunidade que precisava.


Então os sentimentos escolhem-se? Sinceramente acho que sim, escolhemos sempre de quem gostamos pelo menos em parte. Se não forem cínicos a ler isto irão perceber que tenho razão, há pessoas que surgem na nossa vida que nós nem ponderamos dar-lhes uma oportunidade e estas até podem ser maravilhosas e quem sabe não são o amor da nossa vida? Pois... Não sabemos, exactamente porque não lhes damos oportunidade!


Quanto a vocês não sei, mas acho que até se escolhe quem amamos, pelo menos em parte, pois só deixo entrar na minha vida ou em "mim" quem eu quero e quando eu quero. Há pessoas com quem temos uma empatia enorme e com as quais as coisas surgem naturalmente, mas para isso temos sempre de lhes dar uma oportunidade, pelo menos uma oportunidade. Sem isto essa pessoa por mais maravilhosa que seja nunca entrará na nossa vida.


Dando continuidade ao "cabrão" que me intitulo, assumo-o sem medos e assumo-o porque dou uma oportunidade às pessoas, nem sempre faço as escolhas certas e sou julgado por isso, muitas vezes por quem não devia julgar-me mas não vivemos num mundo perfeito e as coisas são mesmo assim... Se sou cabrão por dar oportunidades, sou cabrão com muito orgulho. Arrisquem sempre... quem sabe não encontram o amor da vossa vida...



quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Comunicado

Antes de mais quero felicitar a grande concentração de novos leitores/leitoras que visitaram recentemente este espaço e espero sinceramente que tenham gostado do que leram, dado que já aqui está quase 2 anos de trabalho para manter o estaminé aberto.

Mas para esclarecer alguns tenho de dizer, reforçar 2 aspectos. Um deles é que não subscrevo todos os disparates que aqui escrevo e publico, devendo este espaço ser encarado apenas como mais um local de higiene mental.

Em relação aos comentários efectuados agradecia a todos os leitores que os executassem na área reservada aos mesmos neste blog, e prometo que terão resposta adequada e em tempo útil se possível. Todos os restantes comentários que visem apenas causar transtornos à minha pessoa e aos que me rodeiam deverão ser guardados para os próprios, e por favor arranjem vida própria.

Com os maiores cumprimentos da gerência...

PS: A inveja é um sentimento muito feio e como tal deverão reprimi-lo para um local obscuro e profundo.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Quando era puto...

Desde sempre que o homem tenta perceber as mulheres, o que parece-me de longe o erro mais tonto que podemos cometer.

Não há quem as entenda, e muito menos será um homem as entender. Quando era puto não percebia esta questão, sempre achei as mulheres normais, eram fáceis de perceber, eram como nós... Mas à medida que fui crescendo fui percebendo... As birras e os amuos por coisas sem nexo nenhum, as posturas de general, as complicações e as conversas que ninguém entende evidenciaram-se. De facto tudo isto dá connosco em loucos. Não há quem entenda, num dia é sim, noutro é não. Num dia está tudo bem e de repente tudo muda sem motivo aparente. Juro que não percebo...

Então e o Amor? Quando era puto também via as novelas, e apaixonava-me pelas histórias de amor maravilhosas, em que se discutia, lutava-se, brigava-se mas tudo acabava bem. Sabíamos que no final acabavam sempre juntos e acima de tudo acabavam felizes. Também neste aspecto cresci... na adolescência achava que o amor era uma utopia, irreal, que era coisa de novela. Não entendia o que era o amor, para mim havia homens e mulheres e pelo meio havia o sexo. Simples!?

Depois descobri que o amor existe, que é muito bonito e igualmente doloroso, assim como ingrato. Pois, um sentimento como este nunca poderá ser vivido a sós. Aliás tal e qual o sexo, a sós é bom mas a 2 (ou mais) é fantástico. É como o amor, sem tirar nem pôr (já o sexo...).
Com o amor vêm as relações e as complicações, o nosso desejo de querer sempre melhor, de querer mais... faz-nos olhar para o outro com outros olhos.
Já amei ao ponto de dar tudo o que tinha, mas a verdade é que passada a fase da paixão não consigo ter olhos apenas para uma mulher, continuo a olhar em redor e a encontrar cada vez melhor. É uma sensação estranha mas acima de tudo ingrata. É estar bem, é não procurar mas encontrar sempre algo melhor...

PS: Também quando era puto, era uma excelente pessoa um bom homem, depois cresci e tornei-me num cabrãozito... Nunca evoluímos apenas num aspecto...

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

"SAE"

Chegou o inverno e com ele chegaram os vidros embaciados... basta passar em vários locais mais discretos para ver este fenómeno, seja nas serras de Monsanto, ou num parque de estacionamento qualquer escuro e pouco movimentado, são muitos os carros que se encontram com os vidros embaciados e alguns até mexem-se lentamente...

Ora muito bem, porque raio os vidros ficam embaciados? Porque denunciam que os seus ocupantes estão a fazer algo muito quente e quase de certeza se presume que estejam a fazer O`Amor?
É muito simples, os carros ditos normais, não têm vidros fumados, que são o sonho de qualquer jovem adulto sem poiso, ou seja, são vidros que impedem que quem está do lado de fora veja quem está dentro do carro, a maioria dos carros não dispõe deste sistema. Mas dispõe do sistema automático de embaciamento, ou seja, o SAE, que em estrangeiro quer dizer exactamente o mesmo que "Sai que estas a atrapalhar". Pois quando chega o chamado "empata" só nos apetece dizer "SAE! SAE!", estando a pedir assim ao carro que entre no modo camuflado, para nos proteger.

O vidro quando fica embaciado promove a privacidade dos ocupantes, pois limita em muito, a visibilidade de quem está de fora do carro, não deixando ver aquela maminha marota que fugiu do soutien e veio ver o mundo cá de fora, não deixa ver que estão 2 seres a amarem-se, ou a ...!

Os carros comuns não são de todo comuns, são equivalentes aos transformers, ou seja, transformam-se conforme os seus ocupantes, quando queremos privacidade os vidros ficam embaciados, quando queremos uma condução normal ligamos o desembaciador e automaticamente o carro volta ao normal... Há coisas fantásticas não há?

A propósito de fazer O`Amor no carro, encontrei aqui algo muito útil e capaz de dar algumas ideias aos menos imaginativos...